6 de outubro de 2016

Amanda Knox - Um Documentário Netflix


Olá louquinhos, to postando uma coisa totalmente diferente do normal aqui, mas é um assunto que eu particularmente, me interesso bastante: Crimes famosos.  E pra começar, o Caso Amanda Knox, aproveitando também para deixar as minhas opiniões sobre o documentário que foi liberado este mês na Netflix sobre o caso.

Meredith Kercher, 21 - a vítima
Para quem não conhece o caso vou tentar fazer um pequeno resumo de tudo o que aconteceu. Em 2007, a polícia italiana encontrou o corpo da estudante britânica Meredith Kercher em um flat que ela dividia há um mês com a colega americana Amanda Knox, na cidade de Perugia. Meredith foi degolada, estava seminua e tinha ferimentos pelo corpo, e a promotoria argumentou que ela havia sido vítima de um jogo sexual regado a drogas. Na ocasião, Amanda tinha 20 anos e namorava o italiano Raffaele Sollecito.


O julgamento
Amanda foi considerada culpada pelo assassinato de Meredith depois que o seu DNA foi encontrado no cabo de uma faca cuja lâmina continha o sangue da vítima. Um tribunal italiano decretou que ela deveria cumprir 25 anos de prisão. O italiano Raffaele também foi condenado pelo crime. Em um julgamento rápido realizado separadamente, Rudy Guede foi condenado a a dezesseis anos de prisão depois que suas digitais foram encontradas no quarto onde a britânica foi morta. 



A casa onde o crime foi cometido.
A condenação
Ela ficou quatro anos em uma prisão italiana até os seus advogados provarem em uma reavaliação do material forense que os investigadores haviam cometido 54 “erros grosseiros” na coleta de provas. Com isso, a faca que seria a arma do crime e que foi uma prova importante para a condenação do casal acabou sendo desconsiderada. Um novo julgamento realizado em outubro de 2011 inocentou Amanda e o italiano Raffaele. Duas horas depois da leitura do veredicto, a americana deixou a prisão de Capanne, nas imediações de Perugia, e retornou para a casa da família em Seattle, nos Estados Unidos.

Erros na investigação
A Suprema Corte italiana decidiu em março de 2013 que a absolvição de Amanda e do seu ex-namorado Rafaelle deveria ser anulada. A decisão veio depois que promotores convenceram os magistrados de que o julgamento de 2011 não comprovou a inocência do casal por falta de provas forenses. A corte ordenou que o caso fosse reaberto. Depois de outros dois julgamentos, Amanda e Rafaelle foram absolvidos devidos as falhas nas investigações e erros grosseiros na investigação e contaminação da analise do DNA encontrado na cena do crime.

“The fear makes  people crazy.”

E é exatamente esses erros e a ampla cobertura da mídia que o documentário da Netflix nos apresenta. As peças principais do caso são entrevistadas e nos apresentam tudo  que fizeram e acrescentaram na investigação. O ponto de vista de todos é explanado. 

Giuliano Mignini, procurador italiano
Giuliano Mignini, o procurador que foi o responsável pela acusação de Amanda Knox e Rafaele Sollecito, confessa-se um apaixonado por romances policiais, católico. "Estamos todos entre o bem e o mal. Está na nossa natureza humana", admite, numa espécie de ato de contrição em relação aos erros que admite ter cometido durante o processo, sempre acreditou que Amanda era a principal mentora do crime contra a colega de casa apenas porque a própria não demonstrava sinais de estar emocionalmente abalada pela morte de Meredith, uma garota que ela conhecia a poucas semanas.

Nick Pisa, jornalista do "Daily Mail"
 Nick Pisa, jornalista do tabloide britânico Daily Mail, surge em Amanda Knox como um dos primeiros jornalista a chegar no local do crime e como a imprensa tratou de forma sensacionalista o caso, enchendo manchetes com referências sexuais e caracterizando Amanda Knox como "devoradora de homens". Ao longo do documentário, Pisa vai explicando como obtia em primeira mão os depoimentos dos suspeitos, documentos da investigação e até um diário que Amanda escreveu enquanto estava presa pela primeira vez na Italia, onde ela conta como foi ludibriada a pensar que estaria contamina com HIV e fez uma lista de todos os homens com quem já havia transado.  "As lojas de fotocópias de Perúgia fizeram uma fortuna naquela altura!", brinca o jornalista do Daily Mail, acrescentando: "Acho que agora, olhando para trás, algumas das informações divulgadas eram loucas, na verdade, e totalmente inventadas."

Raffaele Sollecito, ex-namorado de Amanda Knox
Quando Meredith foi morta faziam apenas cinco dias que Rafaelle e Amanda estavam juntos, e apesar de estarem juntos na casa do rapaz na noite fatídica, Rafaelle deixa claro que durante o interrogatório da policia italiana ele foi coagido a entregar Amanda, mesmo sabendo que ela estava com ele toda a noite.

Amanda Knox dá a sua versão dos acontecimentos no documentário.
Uma garota como eu ou você, sua filha, sua irmã. Seria ela o bode expiatória das autoridades italianas para querer mostrar trabalho e eficiência a mídia internacional?

Eu acredito na Amanda, existem pessoas que não demonstram tanta emoção com facilidade, como eu, e isso me faz pensar, e se fosse eu? Eu iria aguentar ser chamada de "satanista", "dominadora", "assassina" por pessoas que nem ao menos me conhecem e me julgam apenas pelo modo que eu me comporto? Knox teve muita força interna para lidar com tudo o que passou, mesmo com pensamentos suicidas ela teve a força de lutar pela sua inocência e teve ela comprovada duas vezes. E ainda hoje ela é julgada por pessoas nas ruas, mas tem a  força de seguir adiante ajudando pessoas, que como ela, foram condenadas injustamente.

Realizado por Rod Blackhurst e Brian McGinn e produzido por Mette Heide, Amanda Knox é o mais um documentário criminalístico (ao estilo Making a Murderer) a abordar aquele que foi um dos mais intrigantes e mediáticos crimes da última década. "Percorremos um longo caminho até chegarmos ao ponto de eles nos concederem as entrevistas", explica Brian McGinn ao jornal USA Today.


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